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Pesquisadores da UFPA estudam importância do cemitério mais antigo de Belém

Lacore participa de projeto de restauração do cemitério da Soledad

Monumentos, vitrais e azulejos. Túmulos e pétreos. O Cemitério da Soledad, o mais antigo de Belém, é objeto de diversas pesquisas do Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação (Lacore), da Universidade Federal do Pará (UFPA). “O objetivo é entender o processo de alteração desses materiais, entender de que esses elementos eram feitos e propor subsídios de conservação e restauro”, explica Thais Sanjad, uma das coordenadoras do Lacore.

A pesquisadora reforça a importância histórica do cemitério. “O Soledad tem importância religiosa histórica, antropológica, arquitetônica e paisagística”. Importância que se dá por vários motivos, entre, pelas pessoas importantes que estão enterradas lá. “Personagens importantes na nossa história foram enterradas lá, como o Barão de Igarapé Mirim e o General Gurjão”.

Santos Populares ajudam a preservar e a danificar espaço – O Cemitério da Soledad funcionou 30 anos, de 1850 a 1880, e, depois disso, os sepultamentos continuaram a ser feitos no local em jazidos particulares.

Thais Sanjad revela que o local se manteve preservado por sua relação com a devoção de Santos Populares. “O culto que vinha sendo realizado lá, o culto as almas, é essa religiosidade que fez com que ele perdurasse até os nossos dias”.

Mas o culto que ajuda na permanência do Soledad, também é responsável pela danificação dos túmulos e monumentos por meio da queima de velas. “O cemitério está sendo destruído pelo uso de velas, sendo nós não consideramos que isso tenha que acabar, pelo contrário, isso tem que permanecer, pois, é o que permite que ele continue existindo. É o principal uso do cemitério atualmente, mas esse uso tem que ser adequado. E isso ode ser feito acendendo velas em áreas que não danifiquem o túmulo”, aponta.

As pesquisas do laboratório da UFPA geraram um convite para participar do projeto de restauração do Cemitério da Soledad. “Sabendo que nós estávamos realizando esta pesquisa, fomos procurados por uma empresa e fizemos do projeto de restauração do Soledad, que está no PAC (Colocar o que significa PAC) cidades históricas e o Lacore fez parte desse projeto com as especificações de conservação e restauro dos monumentos”.

Ensino, pesquisa e extensão no Cemitério - Outro ponto importante ressaltado pela professora é a integração ensino-pesquisa proporcionada pela realização de cursos e ações dentro do Cemitério da Soledad. “Nós conseguimos, no Soledad, aliar o ensino, a pesquisa e a extensão, pois, fizemos cursos no Soledad, fizemos palestras, além da oportunidade de formação dos nossos alunos e de geração de conhecimento e e pesquisas. Geramos e difundimos conhecimentos”, relembra Thais Sanjad.

As pesquisas do Lacore no Cemitério da Soledad foram apoiadas pelo edital universal do CNPq e geraram dissertações de mestrado e teses de doutorado, todas ligadas a importância e indicação da conservação e restauro dos materiais presentes na arquitetura do espaço. Todas analisaram materiais usados na construção do cemitério, itens como os monumentos pétreos, ou seja, as pedras que compõem os monumentos, os azulejos, os vidros e vitrais que ainda existiam em alguns túmulos e as grades e metais aplicados em alguns monumentos e túmulos do cemitério.

Além disso, o projeto foi importante por proporcionar e fortalecer parceiras com outras instituições. “Reforçamos parcerias que temos em nível nacional com outros centros por exemplo a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e, em nível internacional, com o lince em Lisboa”.

Texto: Edson Costa – Assessoria de Comunicação da UFPA
Publicado em: 30/10/2015
Unidade: Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação (Lacore), da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Status: Pesquisadora Thais Sanjad disponível para entrevistas.

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