O projeto “Ser Negro no Marajó: o audiovisual no combate ao racismo nas escolas públicas dos municípios de Breves e Melgaço” surgiu em outubro de 2017 como um evento chamado “Semana Ser Negro no Marajó”. O objetivo principal é promover uma educação antirracista a partir da utilização das várias formas de audiovisual, dentre os quais destacam-se documentários, filmes, músicas e fotografias, a fim de proporcionar momentos de reflexão sobre a ancestralidade negra e indígena, bem como a estética e os hábitos decorrentes desta herança que se faz presente, mas que não é reconhecida.
Sendo organizado dentro e fora do espaço da Universidade, também em escolas públicas municipais e nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o projeto é intencionado a possibilitar canais de comunicação com as comunidades, envolvendo o processo de qualificação dos discentes para que no futuro saibam como utilizar o audiovisual no combate ao racismo.
“A proposta decorre da constatação de que nestes municípios se faz inexistente espaços de divulgação e apresentação de audiovisuais para as comunidades periféricas e ribeirinhas, sobretudo quando se trata de acesso a documentários e filmes que tratam sobre o debate étnico-racial, que são importantes ferramentas para o combate ao racismo tanto nas escolas, quanto nas instituições de nível superior”, ressalta a professora Jacqueline Guimarães, coordenadora das atividades. “A nossa intenção é contemplar todos os cursos que fazem parte do Campus, assim como também auxiliar os profissionais que atuam na rede de proteção, parte de assistência e também na educação básica”.
21 de Março – O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao Massacre de Sharpeville, ocorrido em 21 de março de 1960, na África do Sul. Em meio ao regime de segregação racial do apartheid no país, tropas do exército atiraram em pessoas negras que participavam de uma manifestação pacífica na cidade de Johanesburgo contra a Lei do Passe que obrigava negras e negros a portarem cartões de identificação dos lugares aonde podiam ir. O massacre matou 69 pessoas e feriu outras mais de 180.
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