Gastos em julho são quase tão intensos quanto os do mês de dezembro
Principalmente para os habitantes das regiões Norte e Nordeste, as férias de julho são muito esperadas por serem sinônimos de calor, praias, lazer e descanso. Só que para viajar aos balneários ou para o interior é preciso planejar - e isso inclui os gastos financeiros. O mês de julho em Belém tem um volume de consumo quase tão grande quanto dezembro, é o que afirma o professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Pará (UFPA), Hélio Mairata Gomes.
Comparação com o natal– Ao contrário das regiões Sudeste e Sul, em que o mês de julho é marcado por muito frio, nas regiões Norte e Nordeste, o calor é intenso e coincide com as férias escolares. Por isso, muitos trabalhadores aproveitam este mês para tirar férias. Somada a vontade de aproveitar o descanso no meio do ano, as pessoas aproveitam para consumir. “Embora o tipo de produto consumido este mês seja diferente dos adquiridos em dezembro, o fato de que muita gente está livre de obrigações profissionais, há tempo de sobra para fazer as compras necessárias para passar o verão na praia ou na cidade, fazendo com que a movimentação no mercado seja quase tão agitada quanto no período natalino”, afirma o professor Hélio Mairata.
Segundo o professor, mulheres e crianças são os que mais consomem nas férias de julho, justamente com produtos referentes ao verão. Maiôs, biquinis, saídas de praias, sandálias, óculos de sol e bronzeadores são os mais consumidos, no caso das mulheres. Por parte das crianças, além de roupas próprias para a época, são consumidos também muitos brinquedos, como bolas, boias, papagaios. “Geralmente, as mulheres se preparam mais para o verão do que os homens. Isso reflete no aumento do consumo neste período”, salienta Mairata.
O professor lembra também que produtos com a função de amenizar o calor forte, como água mineral, refrigerantes, sorvetes, e principalmente cerveja, são produtos muito consumidos nas férias. Ele acrescenta também que gastos com passagens rodoviárias e aquaviárias e com alimentação fora de casa (em barracas e restaurantes) ajudam a aumentar os gastos.
Pechinchar– Perguntado qual seria a melhor maneira para não começar o segundo semestre endividado, o professor disse que o segredo é pechinchar. “Não existe uma fórmula mágica para controlar os gastos nesse período. O único jeito, já conhecido por muita gentem, é pechinchar. Sempre procurar comprar os produtos depois de uma escolha de preços criteriosa e não gastar além da capacidade do seu orçamento. Esse pode ser um caminho para férias tranqüilas, principalmente para o bolso“.
Texto: Helder Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA.
Publicado originalmente em: 17/07/2012 no Portal da UFPA. Republicado em 24/06/2015.
Unidade: Faculdade de Ciências Econômicas do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA).
Status: Pesquisador Hélio Mairata disponível para entrevistas.
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