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Banco de Pautas

Cuidados com o meio ambiente devem fazer parte dos passeios de férias

Pesquisadora da UFPA fala sobre excesso de resíduos sólidos nas águas da região.

Em uma caminhada de uma hora na beira da Praia do Farol, em Mosqueiro, é possível coletar 70 quilos de lixo. São 2.458 canudos, garrafas, tampinhas e sacolas plásticas. Chocante, não? Na hora de ir à praia, compramos lanches, levamos sacolinhas com protetor solar e garrafas com água para beber. Mas atitudes comuns como essas produzem lixo que nem sempre é descartado corretamente.

 

E práticas simples poderiam reduzir essa quantidade de lixo no meio ambiente. É o que orienta a professora Sury Monteiro, professora do curso de Oceanografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (UFPA). “Quando você for à praia ou igarapé leve uma sacolinha ou guarde o lixo na sua bolsa. Precisamos manter o local como encontramos para que outras pessoas também possam apreciar suas belezas”.

 

O lixo guardado em sacolinhas também pode ser separado em tipos (plástico, papel, metal e vidro) para facilitar o descarte em lixeiras seletivas, comumente encontradas em praias e balneários.

 

Risco constante - Se na época do veraneio existem ações para manter as praias da região limpas e atrativas, a pesquisadora alerta: o fluxo de pessoas na baixa temporada pode ser menor, mas o lixo continua vindo da cidade por meio dos rios e marés, chega às praias e depois atinge os oceanos.

 

“Se os nossos grandes centros urbanizados que produzem lixo, uma hora esse lixo vai chegar na zona costeira”, aponta a professora Sury Monteiro.

 

Mudança de hábito - Além dos cuidados para manter o lixo longe das praias e rios, também deve-se evitar levar embalagens e utensílios descartáveis para as praias. O uso das ecobags, por exemplo, pode substituir a utilização de sacos plásticos. As ecobags são sacolas feitas de material resistente e podem ser reutilizadas. “A gente precisa utilizar produtos que são duráveis. Uma ecobag pode ser utilizada no supermercado, na praia… E todo mundo tem uma bolsinha assim em casa”, sugere a professora.

 

Outro exemplo é a garrafinha de água, que pode ser levada de casa. Isso reduz gastos no passeio e também evita gerar resíduos de curta utilização. E claro, dispensar o uso do que não é necessário, como canudinhos e sacolinhas de supermercado. A pesquisadora indica: “se tiver que usar o plástico, faça o descarte correto para que o produto possa ser reciclado”.

 

Mesmo havendo consciência dos riscos do descarte inadequado do lixo, muitas pessoas ainda o fazem. “Não é apenas falta de conhecimento e educação, mas também falta de respeito com o meio ambiente. Se eu vejo que o meu vizinho está cuidando do ambiente eu preciso ‘andar junto’ e cuidar também”, critica a pesquisadora.

 

“Lixo Zero” - O projeto coordenado pela professora Sury Monteiro iniciou em 2014 no Instituto de Geociências. Desde então tem desenvolvido ações para sensibilizar a população sobre hábitos do cotidiano que são nocivos ao meio ambiente, o consumo inteligente, a reutilização dos produtos e, ainda, propor soluções empreendedoras para o destino dos resíduos.

 

  • SERVIÇO:

Projeto “Lixo Zero”

Saiba mais em: https://goo.gl/ck53cF

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