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Será que a imprensa sempre diz a verdade? Pesquisador de comunicação da UFPA comenta

Neste 1º de abril, a UFPA questiona como os jornalistas lidam com mentiras e verdades da profissão

Neste Dia da Mentira, a Universidade Federal do Pará (UFPA) lembra dos profissionais que vivem em busca da verdade. Enquanto alguns são pagos para inventar histórias, em séries, livros e filmes, os jornalistas precisam contar as histórias da vida real, correndo contra o tempo, e primando por sua credibilidade. Mas será que a imprensa é confiável? E as informações da internet?

Para Manuel Dutra, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da UFPA, toda informação precisa ser checada, tanto pelos jornalistas que procuram a verdade dos fatos, quanto pelos os leitores, ouvintes, internautas e telespectadores em busca de informações.

É preciso verificar as informações - Isso porque “quem publica alguma coisa tem sempre uma intencionalidade, embora isso não signifique necessariamente ‘mentira’. Por isso, o leitor deve sempre estar atento, pois no meio da informação capaz de ser verificada, estão interesses, angulações, modos de ver e registrar os fatos. O leitor precisa saber quem publica o quê. Aliás, isso deve ocorrer na vida de cada pessoa, de cada grupo social. Em princípio, toda informação precisa ser checada pelo destinatário dessa informação”, argumenta.

O pesquisador da UFPA lembra que o surgimento de novas ferramentas como a internet e as redes sociais possibilitam que as pessoas possam verificar e separar mais facilmente uma notícia ou informação. Por outro lado, com essa mesma velocidade, os espaços online permitem que qualquer um possa espalhar rapidamente um boato com status de verdade.

Nem tudo que é publicado é verdade! “Aqui, o leitor da internet precisa de um senso crítico o mais apurado possível, a fim de não se deixar enredar no turbilhão de informações que nem sempre refletem os fatos ou são mentira pura. É a industrialização maciça da informação, logo, um percentual elevado dos relatos podem ser ou são falsos. Cabe ao leitor aprimorar a sua capacidade de se livrar dos ambientes da internet nos quais há pouco ou nenhum respeito na produção de relatos fantasiosos ou francamente falsos”, aconselha Manuel Dutra.

Por outro lado, dizer a verdade sempre será importante para os meios de comunicação, pois eles dependem de sua credibilidade na busca contínua pela audiência e notoriedade. “O jornalismo vive daquilo que ele produz como informação. Logo, a credibilidade é seu principal capital. Perdendo esse capital, perde a confiança e, a partir daqui, mesmo os fatos verídicos relatados de modo honesto, passam a causar desconfiança no leitor/espectador”. 

Apuração é o melhor remédio contra mentiras - Parte da solução para dilemas como “verdade e mentira”, “parcialidade e imparcialidade” e “credibilidade e audiência” estão nas ações dos próprios jornalistas. “O jornalista é um profissional que deve publicar tão somente aquilo que é do interesse público, expor aquelas coisas que não podem passar despercebidas da sociedade. E publicar apenas aquilo de que ele tem certeza, que foi verificado. Para isso, o único caminho possível é a apuração dos fatos”, reforça.

Manuel Dutra reitera que um relato que não foi fruto da apuração rigorosa, profissional, não é notícia, mas boato, ou meia informação, o que resulta na desinformação. Por isso “dizer a verdade” deve continuar sendo a matéria prima da imprensa, seja a tradicional, como as emissoras de televisão, de rádio, e grandes jornais e revistas impressas, quanto das novas formas de comunicação alternativa e cibernética.

Texto: Edson Costa e Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Publicado em 31 de março de 2016.

·      Sugestão de entrevistado:
Pesquisador Manuel Dutra, Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia do Instituto de Letras e Comunicação da UFPA (ILC) da UFPA, disponível para entrevistas

·      Outras informações e dúvidas:
Assessoria de Comunicação da UFPA: Glauce Monteiro, 981087087 (oi – Whatzapp), 3201.7463 / 982721100 ou pelos e-mails: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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